Intermediários de Crédito e Consultoria Financeira


Comprar um imóvel está cada vez mais fácil.

Afinal, mesmo em tempos desafiantes, existe oferta de crédito disponível para quem procura comprar uma nova casa.

Nesse contexto, a consultoria financeira no sector imobiliário passou a ser muito procurada.

Esse tipo de serviço é essencial para que os compradores consigam avaliar todas as condições de acesso ao crédito habitação — taxas, prazo, documentação etc. — para, então, optar pelo financiamento mais adequado ao seu caso.

A partir de janeiro de 2019 os agentes imobiliários deixam de poder tratar, junto das instituições de crédito, do financiamento dos respetivos clientes e potenciais compradores de imóveis.

A atividade de aconselhamento de crédito à habitação passa a ser responsabilidade exclusiva dos intermediários vinculados (*) – profissionais independentes, devidamente certificados pelo Banco de Portugal, cujas competências (técnicas e humanas) foram rigorosamente escrutinadas por esta entidade reguladora.

Pensando nisso, preparei artigo onde explico como funciona a consultoria financeira, as suas vantagens e como este serviço o pode ajudar a tomar as melhores decisões quando se trata de recorrer a crédito para comprar casa.

 

Intermediários de crédito - o que são

O intermediário de crédito é a pessoa, singular ou coletiva, que participa no processo de concessão de crédito:

  • Apresentando ou propondo contratos de crédito a consumidores;
  • Prestando assistência a consumidores nos atos preparatórios de contratos de crédito mesmo que não tenham sido apresentados ou propostos por si;
  • Celebrando contratos de crédito com consumidores em nome das instituições mutuantes;
  • Prestando serviços de consultoria, através da emissão de recomendações personalizadas sobre contratos de crédito.

O intermediário de crédito não está autorizado a conceder crédito, nem a intervir na comercialização de outros produtos ou serviços bancários, como, por exemplo, depósitos a prazo ou serviços de pagamento.

Mesmo que ocorra intervenção de um intermediário de crédito, o crédito é sempre concedido por uma instituição autorizada a conceder crédito (por exemplo, instituições de crédito).

As instituições de crédito, as sociedades financeiras, as instituições de pagamento e as instituições de moeda eletrónica habilitadas a desenvolver a sua atividade em Portugal podem prestar serviços de intermediação de crédito relativamente a contratos de crédito em que não atuem como mutuantes.

Estas entidades podem igualmente prestar serviços de consultoria em relação a contratos de crédito em que sejam mutuantes ou atuem apenas como intermediários de crédito.

 

Tipos de intermediários de crédito

Existem diferentes categorias de intermediários de crédito.

Os intermediários de crédito não podem exercer atividade em mais do que uma das categorias.

 

Intermediário de crédito vinculado

É uma pessoa singular ou coletiva que atua como intermediário de crédito em nome e sob a responsabilidade total e incondicional do mutuante ou de vários mutuantes com quem tenha celebrado contrato de vinculação.

O intermediário de crédito pode celebrar o contrato de vinculação com um ou vários mutuantes, neste caso se, no seu conjunto, estes mutuantes não representarem a maioria do mercado.

Intermediário de crédito a título acessório

É uma pessoa singular ou coletiva que fornece bens ou serviços e que, em nome e sob responsabilidade total e incondicional do mutuante ou de vários mutuantes, atua como intermediário de crédito, tendo em vista a venda dos bens ou serviços por si oferecidos.

Intermediário de crédito não vinculado

É uma pessoa coletiva que atua como intermediário de crédito sem que tenha celebrado contrato de vinculação com qualquer mutuante.

Este intermediário celebra um contrato de intermediação com o consumidor, no qual são estabelecidos os termos e as condições da prestação de serviços de intermediação de crédito.

 

Só os intermediários de crédito podem usar as expressões como “intermediário de crédito”, “mediador de crédito”, “agente de crédito” ou equivalentes na sua firma ou denominação.

Apenas os intermediários de crédito não vinculados podem usar expressões que indiquem a inexistência de vínculo com um mutuante ou grupo de mutuantes, designadamente “intermediário independente” ou “consultor independente”.

Os intermediários de crédito vinculados e a título acessório autorizados a prestar serviços de consultoria não podem usar os termos “consultor”, “consultoria”, “recomendação” e as expressões “consultor de crédito”, “consultoria de crédito”, “consultor financeiro”, “consultoria financeira” ou similares.

 

Vantagens de ter um crédito habitação aprovado antes de iniciar as visitas

A análise prévia do perfil financeiro permite ajustar a procura de casa, em termos de valor, tipologia, localização, por exemplo.

Começar pelo crédito à habitação quando se quer comprar casa pode parecer algo estranho, mas na verdade é uma estratégia muito inteligente para quem não quer perder tempo.

A pré-aprovação do crédito à habitação consiste em analisar o perfil financeiro do cliente, avaliar os seus rendimentos, despesas e nível de risco associado, e em função disso calcular um valor de empréstimo para o qual pode obter aprovação.

O resultado deste procedimento é, portanto, um tecto máximo, que reflete o valor de financiamento que a instituição de crédito pode financiar, mediante determinadas condições.

 

A utilidade desta análise prévia

Definir um intervalo de preços para a pesquisa de casas

Convém recordar que, atualmente, a generalidade das instituições de crédito concede um valor de financiamento máximo de até 90% do valor do imóvel, pelo que ao saber quanto pode obter de empréstimo, o cliente passa também a ter noção do valor da compra a que poderá chegar, evitando perder tempo com opções de casas que não estão dentro da sua atual capacidade financeira.

Assim ao começar a procura de imóveis, o potencial comprador já pode definir um intervalo de valores realista, para o qual sabe que pode aprovar o financiamento necessário para concretizar o negócio.

Definir o tipo de casa que pode comprar 

De igual forma, conhecer antecipadamente o montante de financiamento que se pode obter antes de se começar à procura de casa pode ajudar a definir outros critérios de pesquisa e seleção de imóveis, como a localização, a tipologia, os metros quadrados (m2), os acabamentos, por exemplo.

Saber até que valores se pode ir é uma excelente estratégia para não perder tempo com imóveis que depois não pode comprar ou que podem gerar frustração durante o processo de compra.

Dar uma resposta mais imediata

Muitos negócios não se concretizam, porque os compradores, quando encontram uma casa que gostam, não se podem comprometer de imediato e precisam de obter primeiro a aprovação do valor do crédito à habitação.

Nesse intervalo de tempo surge outro comprador interessado que passa à frente.

Ter uma pré-aprovação garante que, respeitadas as condições aprovadas (como o valor de compra da casa), se consegue um empréstimo até àquele valor, portanto, se encontrar a casa certa, ao preço certo, só é preciso fechar o negócio.

Agilizar o processo de crédito

Tratar do processo empréstimo, numa altura em que já só pensa em tratar da mudança de casa, por ser algo stressante.

Ao ter a pré-aprovação do empréstimo, está-se a tornar o processo mais simples e célere no final, e até se poderá mudar de casa mais cedo.

No fim de contas, pré-aprovar o crédito à habitação pode ser uma forma de tornar a compra de casa mais focada e eficaz, sabendo desde o começo com o que pode contar e que tipo de casa pode comprar. Sem perdas de tempo, nem expectativas desajustadas.

 

O que faz uma consultoria financeira?

Em poucas palavras, uma consultoria financeira orienta o processo de compra de imóveis oferecendo ao cliente a melhor solução de crédito habitação, conforme seu perfil.

Muitas pessoas que estão a pensar no financiamento bancário para a compra de um imóvel pensa que basta ir directo ao banco onde tem conta e realizar a operação.

Porém, essa não é a melhor solução. Fazer a consultoria abre muitas portas para que realize uma compra bem-sucedida, com mais agilidade, segurança e menos burocracia.

Isso porque os intermediários de crédito são especializados e conhecem a fundo as instabilidades do mercado, de modo que conseguem traçar o perfil de cada cliente e encontrar a instituição financeira ideal para auxiliá-lo.

Tudo isso, é claro, considerando-se aspectos como o valor da taxa de juros e o prazo do financiamento.

Como se trata de um investimento elevado, não deve correr riscos. Portanto, ter um intermediário de crédito apto para gerir todo o processo relacionado com o financiamento bancário é garantia de um investimento bem feito e sem dores de cabeça, mesmo que você pense em amortizar o crédito antes do fim do prazo.


Quais são as vantagens de fazer uma consultoria financeira?

Os benefícios de contar com esse serviço são inúmeros e afetam, principalmente, sua saúde financeira.


É Gratuito

A maioria das agências imobiliárias está associada um intermediário de crédito que disponibiliza o serviço de consultoria financeira de forma GRATUITA!

Nesse contexto, este é o 1º serviço que eu disponibilizo aos meus clientes compradores, de forma gratuita.

Menos burocracia

Como os intermediários de crédito prestam consultoria de financiamento imobiliário estão acostumadas a lidar com os exaustivos processos de compra e venda, é natural que a transação fique bem menos burocrática nas mãos de profissionais especializados.

Os intermediários de crédito estão aptos a lidar com todos os perfis de clientes, sabendo como otimizar a transação em cada um dos casos, o que facilita muito a vida de quem quer comprar um imóvel com segurança e agilidade.

Acredite, a burocracia que tanto assusta as pessoas que não estão habituadas a esses processos, não é um problema para quem os conhece tão bem.

Muitos dos erros que são cometidos pelos compradores, em relação à documentação e aos prazos, por exemplo, podem ser evitados com a ajuda de uma consultoria especializada.

Melhores condições

Do mesmo modo, por entender a fundo a situação do mercado imobiliário, os intermediários de crédito são capazes de oferecer as melhores condições de financiamento, de acordo com os interesses e expectativas de cada pessoa.

Tudo isso, claro, poupando aos compradores quaisquer riscos com a compra.

Isso só é possível porque os intermediários de crédito se tornam as responsáveis por analisar as condições oferecidas por cada instituição financeira, considerando o somatório dos fatores mais relevantes da transação: prazos, juros, amortização do financiamento, documentação necessária, entre tantos outros aspectos relativos aos contratos de compra e venda.

Juntos, esses fatores são os grandes responsáveis por garantir um processo viável e legítimo, que ocorra com a maior tranquilidade possível, sem comprometer o orçamento dos compradores, o padrão de consumo ou o bem-estar da família.

Atendimento personalizado

Eis um ponto muito favorável da consultoria financeira: o atendimento personalizado.

A qualidade de atendimento é impecável, demonstrando cuidado e respeito com a situação do cliente, de modo que ele não se comprometa ou corra riscos com a aquisição.

Os consultores entrevistam o comprador para entender a fundo o que ele deseja e quais são seus planos, tratando cada situação de modo diferenciado.

Também é o profissional mais habilitado para tirar quaisquer dúvidas sobre o processo relativo ao financiamento bancário, além de se manter sempre à disposição.

Isso é fundamental na compra de um imóvel, pois esse é um dos principais investimentos da vida de qualquer pessoa. O atendimento personalizado consegue fazer com que ela se sinta seguro das suas ações, contribuindo para uma compra que terá menos probabilidade de trazer arrependimento.

Mais segurança

Transparência e segurança são algumas das palavras de ordem na actuação dos intermediários de crédito.

Como eles são dotados de conhecimentos técnicos para gerir o processo de financiamento bancário, conseguem mediar de forma clara e objetiva toda a comunicação entre o comprador e a instituição financeira, garantindo o cálculo de financiamento adequado para cada perfil de compra.

Isso praticamente anula as possibilidades de risco do negócio, visto que os compradores estarão devidamente amparados e orientados sobre todas as condições contratuais.

Mas isso, obviamente, desde que estejam acompanhadas por um intermediário de crédito confiável e reconhecido no ramo.

Em muitos casos, a sensação de insegurança só existe porque o comprador não entendeu determinado aspecto da negociação. Sem a ajuda de um intermediário de crédito especializado, essa pessoa pode não ter a quem recorrer para sanar as suas dúvidas, o que torna o processo mais confuso.


O que é preciso para obter um estudo de viabilidade financeira?

Para saber se é elegível ou não para a concessão de um empréstimo, as entidades bancárias têm de analisar alguns dos seus dados económicos básicos a partir de alguns documentos como:

  • Documento de identificação legível e atualizado;
  • Comprovativo de morada;
  • Última declaração de IRS e nota de liquidação;
  • Declaração de vínculo contratual (emitida pela entidade patronal);
  • Recibos verdes (últimos 6 meses) - se for trabalhador por conta própria;
  • Recibos de vencimento (últimos 3 meses) se for trabalhador por conta de outrem;
  • Extratos bancários (últimos 3 meses);
  • Declaração de início de atividade (se aplicável);
  • Mapa de Responsabilidades do Banco de Portugal;

 

Como posso comparar as diferentes opções e escolher a melhor?

Para escolher a melhor opção de crédito habitação é importante ter em consideração alguns indicadores chave:

MTIC: O Montante Total Imputado ao Consumidor reflete o custo total do empréstimo para o cliente, incluindo o impacto dos juros e dos custos associados ao financiamento. Com este valor é fornecida uma imagem realista do custo total do crédito habitação se cumprido o prazo de financiamento.

TAEG: A Taxa Anual de Encargos Efectiva Global (TAEG) é um dos indicadores que permite conhecer os encargos que vai ter com o empréstimo. Contempla os diferentes custos do crédito habitação, sejam as comissões (comissão de abertura, comissão de formalização, comissão de avaliação, por exemplo), despesas (Imposto de Selo sobre o mútuo, despesas com registos ou serviço Casa Pronta, honorários do serviço de solicitadoria) ou seguros (seguro multirriscos do imóvel, que é obrigatório por lei, e frequentemente também o seguro de vida).

Produtos Associados: São produtos contratados juntamente com o crédito habitação e que podem ter impacto no valor final a pagar pelo empréstimo. Entre os mais frequentes estão a abertura de conta, a domiciliação de ordenado, os cartões de crédito, entre outros.

Embora existam produtos associados ao crédito habitação como o seguro do imóvel, que são pedidos pela generalidade das instituições de crédito, não é obrigatória a contratação dos produtos que são apresentados pela maioria das instituições de crédito. Por essa razão, é importante analisar os produtos facultativos propostos com a contratação do empréstimo de modo a ter a certeza de que está a contratar produtos que necessita e que não representam um custo acrescido ao crédito habitação.  

 

Como escolher o melhor crédito habitação

Analisar simulações de crédito habitação é uma tarefa difícil para quem não sabe o que procurar.

Saiba as 3 questões que deve fazer para se certificar que toma a melhor decisão na compra da sua casa.

A proposta que tem o menor spread é a mais económica?

Não necessariamente. Este é um dos grandes mitos do crédito habitação, porque o spread é apenas um custo entre outros, sendo possível que uma proposta tenha um spread menor, mas outros custos mais elevados, podendo não ser a mais vantajosa.

Não é por isso recomendável que este seja o único critério a ter em consideração para comparar propostas.

Os produtos associados ao crédito habitação para redução do spread são uma mais-valia?

Não necessariamente, também. Um bom princípio a respeitar nesta matéria é não subscrever produtos de que não precisa.

As vendas associadas são uma solução para reduzir o spread, mas que levanta duas questões: por um lado, a redução do spread pode não significar uma poupança efetiva, porque com mais produtos há também mais despesas, portanto o que se poupa no spread pode ficar diluído em outros custos adicionais; por outro lado, ao fazer depender o spread de uma venda associada isso significa que o cancelamento desses produtos pode significar o aumento do spread para o valor inicial, caso esses produtos não sejam mantidos durante toda a duração do contrato de crédito.

Que indicadores devem ser considerados para escolher a proposta em que se paga menos pelo empréstimo?

Há dois indicadores fundamentais, apresentados nas simulações de crédito habitação, que refletem a totalidade de custos com o empréstimo.

Um deles é a TAEG (Taxa Anual de Encargos Efetiva Global) que contempla comissões bancárias (comissão de abertura, de formalização, de avaliação e de processamento da prestação, por exemplo), juros, despesas (impostos e emolumentos de registo da hipoteca) e os custos dos seguros associados ao empréstimo (o seguro multirriscos do imóvel e o seguro de vida).

O outro é o MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor) que, tal como o nome indica, representa o montante total que o cliente terá de pagar à instituição durante todo o período do empréstimo, juntando ao montante total do crédito a pagar todos os custos associados a esse crédito (juros, comissões bancárias, impostos e outros encargos).

Ao contemplarem o custo total do empréstimo, a TAEG e o MTIC são a melhor forma de comparar diferentes propostas de crédito habitação e escolher a mais vantajosa.

 

Como escolher a melhor consultoria de financiamento imobiliário?

A primeira coisa a fazer é considerar o atendimento.

Como referi, ele deve ser diferenciado e focado em apresentar soluções compatíveis com o seu perfil específico.

Além disso, é importante fazer perguntas ao intermediário de crédito para avaliar se, de facto, ele é uma pessoa capacitada a orientar o processo de financiamento bancário do início ao fim, explicando todos os trâmites burocráticos.

Tudo deverá ser feito com muita agilidade, transparência e, sobretudo, segurança, pois estamos falando de um bem patrimonial.

Os profissionais que tiverem estes atributos serão, sem dúvida, as pessoas mais indicadas para atender aos compradores interessados em adquirir a casa própria por meio de um financiamento bancário.

É claro que nem sempre os intermediários e crédito terão todas as respostas na ponta da língua. Mas, certamente, saberão como obter as informações necessárias para esclarecer as dúvidas do comprador e oferecer soluções compatíveis com seu perfil.

Caso vá contratar uma empresa para prestar essa consultoria, certifique-se de é uma marca com boa reputação do mercado.

 

Quem pode recorrer a financiamento bancário para a compra de um imóvel?

Qualquer pessoa maior de idade, pode recorrer a financiamento bancário para a compra de um imóvel.

Para isso, é necessário que seu nome não conste em lista de devedores, que consiga comprovar rendimentos adequados ao valor da compra e que tenha capitais próprios de valor igual a, pelo menos, 10% do valor do imóvel e ainda fundos adicionais para pagar os custos do processo de crédito e dos impostos a liquidar no momento da escritura (IMT e IS).

 

É Possível Pedir Um Crédito Habitação Com 100% Financiamento?

Sim, porém com uma condição.

De forma a conseguir a totalidade do financiamento para o seu crédito habitação, terá de comprar um imóvel da banca. Caso contrário, o banco só poderá disponibilizar, no máximo, 90% do valor total da casa.

As instituições bancárias foram adquirindo imóveis devido ao incumprimento no pagamento das prestações de crédito habitação de alguns clientes.

Para reaverem o montante investido em clientes que nunca chegaram a reembolsar o empréstimo cedido, os bancos vendem essas casas a preços mais baixos do que os aplicados no mercado e disponibilizam 100% do financiamento.

Talvez esta seja uma resposta um pouco desanimadora e podem-lhe ter passado algumas questões pela cabeça enquanto leu esta explicação. Se calhar até já tem um imóvel em vista e este não está presente na lista de casas na banca.

Mas vamos ver precisamente quais as alternativas e porque é que este procedimento funciona desta maneira através de duas questões:

 

Porque Não Podem os Bancos Financiar Mais do que 90%?

Não podem porque a lei portuguesa assim o define.

Após o período de crise financeira em Portugal, os bancos e instituições financeiras tiveram de limitar a concessão de crédito habitação. Isto porque surgiram demasiados incumprimentos de pagamentos.

Assim, o Banco de Portugal aprovou uma nova lei para a concessão de créditos que entrou em vigor a 1 de julho de 2018.

Esta lei exige que o rácio entre o montante do empréstimo e o valor do imóvel dado em garantia (rácio “Loan-to-Value”, em português, “rácio financiamento garantia”) seja de, no máximo:

  • 80% para créditos com outras finalidades que não habitação própria e permanente;
  • 100% para créditos para aquisição de imóveis detidos pelas instituições e para contratos de locação financeira imobiliária.

Imagine que quer comprar uma casa que custa 150.000€. Segundo a lei, os bancos só poderão financiar até 135.000€. E isto não significa que não financiem menos.

Como o crédito habitação atinge montantes muito elevados, os bancos querem ter o mínimo risco possível. Por isso, o objetivo é que se consiga ter a certeza que os clientes têm capacidade para cumprir com os seus pagamentos.

Desta forma, para comprar uma habitação própria, as instituições bancárias decidem qual a percentagem que cada pessoa terá de pagar de entrada inicial de acordo com a sua situação financeira e este valor será sempre no mínimo de 10% do valor total da habitação.


Será que Pode Pedir Um Crédito Pessoal Para Financiar a Entrada Inicial?

Não, já que é punível por lei.

Talvez conheça alguém que já tenha feito precisamente isto.

A verdade é que é ilegal pedir um crédito que tenha o propósito de arcar com as despesas de uma entrada inicial, mesmo que não seja com a mesma entidade onde queira fazer o crédito habitação.

Digamos que é uma forma de “enganar” os bancos e, hoje, já é punível por lei.

Portanto, se a casa que tem em vista não é um imóvel da banca, então não será mesmo possível um financiamento a 100%.


Fontes:

https://blog.credipronto.com.br/

https://clientebancario.bportugal.pt/

https://www.bridge-fca.com/

https://www.idealista.pt/

https://observador.pt/

https://www.gestlifes.com/

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