O que é a Euribor
Se tem um contrato de crédito habitação com taxa variável,
certamente já ouviu falar da EURIBOR, pois é frequente utilizar-se este
indexante nos empréstimos para comprar casa em Portugal.
Esta taxa existe desde 1999, tendo sido criada com a
introdução do Euro como moeda única.
Por ser tão usada no crédito hipotecário e por este
representar grande parte dos encargos mensais dos Portugueses, vale a pena
saber em que medida é que este indexante influencia a sua prestação.
O que é a EURIBOR
EURIBOR é, desde logo, um acrónimo para Euro
Interbank Offered Rate, baseando-se na média das taxas de juro
praticadas nos empréstimos a curto prazo realizados entre um painel de bancos
europeus.
Esta taxa é calculada diariamente e varia em função do
prazo, que pode ser a uma semana, um mês, três meses, seis meses ou um ano.
No caso do crédito à habitação em Portugal, é comum
aplicar-se a EURIBOR a seis ou a 12 meses.
O seu cálculo é feito a partir da média das taxas de juro
de 52 bancos europeus, incluindo a Caixa Geral de Depósitos, único
representante nacional neste grupo.
Para se chegar ao valor da Euribor excluem-se 15% das taxas
mais altas e 15% das mais baixas.
Como é que a EURIBOR afeta a prestação mensal do seu crédito habitação?
A EURIBOR é a taxa de referência dos empréstimos à habitação e, em Portugal.
A taxa variável de um crédito hipotecário é formada por uma
junção do spread (que é a margem de lucro que o banco arrecada para si e que
define com base no risco do cliente) com a EURIBOR.
Portanto, se contratar um crédito habitação com taxa
variável, a taxa de juro aplicada à sua prestação mensal será formada por estes
dois elementos.
O spread é livremente definido pela instituição de crédito
para cada contrato de crédito à habitação.
Na determinação do spread a instituição pondera não só o
risco de crédito do cliente, mas também as garantias do empréstimo, incluindo a relação entre o
montante do empréstimo e o valor do imóvel sobre o qual é constituída uma
hipoteca (rácio LTV ou loan-to-value).
Algumas instituições de crédito concedem uma redução do
spread ou de outros encargos no crédito à habitação aos clientes que adquirem,
ao mesmo tempo, outros produtos ou serviços financeiros.
Enquanto que o spread é uma componente fixa (o que está
estabelecido entre o cliente e o banco no contrato de crédito não se altera, salvo
algumas exceções), já a EURIBOR não.
Se esta aumentar, o valor da prestação mensal da casa
aumenta também. Se descer, a mensalidade também sofre uma redução, tornando-se
mais acessível para o devedor.
Se contratar um empréstimo com taxa fixa, então a prestação
mensal não se alterará durante todo o período do crédito.
Porém, num cenário em que a EURIBOR se encontra abaixo de zero, normalmente compensa contratar com taxa variável, dado que a mensalidade será mais baixa.
Alguns bancos também oferecem uma espécie de taxa mista: um contrato de crédito habitação em que os primeiros cinco, 10, 15 ou mais anos são com taxa fixa, passando depois para variável a partir de uma dada altura.
A EURIBOR tem igualmente impacto nas suas poupanças
Uma pessoa que abra uma conta-poupança num banco está, de facto, a emprestar dinheiro a esse banco.
Os valores da EURIBOR e das taxas de juro que geram retorno nas poupanças estão interligadas nos países europeus.
De cada vez que a EURIBOR baixa, a margem de lucro do banco
reduz-se. Consequentemente, os bancos podem acabar por decidir baixar a taxa de
juro das contas-poupança (ou aumentar quando a EURIBOR sobe).
O que fazer se a EURIBOR aumentar entretanto?
Enquanto a EURIBOR estiver negativa, os consumidores portugueses que tiverem contratos com taxa variável pagarão menos pela sua casa.
Porém, numa situação em que esta taxa sobe, o aumento dos encargos financeiros com a casa pode colocar alguma pressão na taxa de esforço das famílias.
Neste sentido, é importante que não se foque tanto na prestação mensal que vai pagar ao banco, mas também no chamado MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor), que é o custo total do empréstimo, englobando o capital, os juros, o valor dos seguros de vida e multirriscos e ainda eventuais comissões.
Num cenário de aumento da EURIBOR para valores positivos, será que continua a conseguir pagar a sua casa? É uma questão de fazer as contas a uma possível subida da prestação, pressupondo um cenário em que os seus rendimentos não aumentaram proporcionalmente.
Fonte: https://www.comparaja.pt/
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